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Crítica: Vamos Ser Tiras (Let’s Be Cops) – 2014

Por: Fabio Signori

Direção: Luke Greenfield

Roteiro: Luke Greenfield e Nicholas Thomas

Elenco: Jake Johnson, Damon Wayans Jr. e Rob Riggle

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Crítica: Não é necessário mais do que 10 minutos de Vamos Ser Tiras para saber o que lhe espera durante os próximos 95 minutos. Como já se era esperado longa consegue ser fraco em todos os sentidos, independe se visto como comedia ou ação.

No caso do roteiro, o mesmo falha em entregar sua premissa, que por mais estupida que seja, poderia se sair melhor se não entregasse um script tão fútil. No entanto, o que se vê é apenas mais uma cansada execução da mesma fórmula que todos estamos cansados de ver. A unica intenção do filme parece ser obter bilheteria e nada mais. A qualidade e sua execução são postos em segundo lugar. Infelizmente, como quase sempre ocorre, projetos assim obtêm êxito e neste caso não foi diferente, visto que o mesmo já lucrou praticamente 6 vezes o seu custo de produção apenas nos Estados Unidos. Não seria novidade para ninguém se fosse (e acredito que sera) anunciado sua sequencia. No quesito performances, não há absolutamente nada que se destaque. Não existe ligação qualquer entre os protagonistas Jake Johnson (Ryan) e Damon Wayans Jr (Justin). O diretor Luke Greenfield mais uma vez falha em entregar um projeto, de fato, competente.

Como já dito, nada se salva em Vamos Ser Tiras, desde suas fracas atuações a seu roteiro apelativo. Uma ou duas risadas não alteram a sensação de tempo perdido causado por essa “comedia” extremamente dispensável.

Nota: 2 star

Crítica: The One i Love (2014)

Por: Fabio Signori

Direção: Charlie McDowell

Roteiro: Justin Lader

Elenco: Mark Duplass, Elisabeth Moss e Ted Danson

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Crítica: “Quanto menos detalhes você souber, melhor.” Esta é a melhor opção para quem esta prestes a assistir The One I Love (2014).  O que começa como apenas outro filme do gênero, logo se torna algo intrigante e original. Mark Duplass (Que também produziu o filme, em conjunto com seu irmão Jay Duplass) nos entrega outra excelente performance. A dupla Duplass e Moss funcionam muito bem como Ethan e Sophie, um acerto que é essencial para o êxito do longa. Com excelentes atuações, ótima fotografia e seu bom roteiro, The One I Love (2014), que teve sua estreia no Festival de Sundance deste ano, é a prova de que é possível obter sucesso mesmo com baixo orçamento.

Nota: 8 star

Zero Dark Thirty (A Hora Mais Escura)

Por : Fabio Signori

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Direção : Kathryn Bigelow

Roteiro : Mark Boal

Elenco : Jessica Chastain, Joel Edgerton e Chris Pratt

Ano : 2012 

Sinopse : Os ataques terroristas sofridos pelos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001 deram início a uma época de medo e paranoia do povo americano em relação ao inimigo, onde todos os esforços foram realizados na busca pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Maya (Jessica Chastain) é uma agente da CIA que está por trás dos principais esforços em capturar Laden, por ter descoberto os interlocutores do líder do grupo terrorista. Com isso ela participa da operação que levou militares americanos a invadir o território paquistanês, com o objetivo de capturar e matar bin Laden. (Adoro Cinema)

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Kathryn Bigelow, diretora também do aclamado The Hurt Locker , vencedor de 6 estatuetas da academia, incluindo melhor filme, retorna novamente ao Oriente Médio  desta vez retratando a operação de captura do inimigo numero 1 da America, Osama Bin Laden. Repetindo a parceria de Guerra ao Terror, Bigelow trabalha com o ótimo roteirista Mark Boal e o resultado é mais uma produção competente, mesmo não tendo a consistência de seu filme anterior.

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Muito bem recebido pela crítica, nomeado há 5 indicações da academia, inclusive melhor filme, onde corre por fora nas “apostas”, Zero Dark Thirty é impecável no quesito produção e nós traz cenas realistas e muito bem executadas, principalmente em seus atos finais quando o longa se intensifica. Destaque para Jessica Chastain que mostra uma boa atuação, talvez não a ponto de ganhar um Oscar. Muito pelos projetos recentes, Chastain é uma das favoritas e já levou seu Globo de Ouro. Voltado principalmente para o público americano, A Hora Mais Escura, pela forma de como é abordado, se aproxima muito de um documentário, focando muito mais no desenvolvimento da trama do que os de seus personagens.

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Apesar de algumas lacunas, como uma extrema lentidão em seu inicio, Zero Dark Thirty faz o que promete e consegue recriar a operação de captura a Bin Laden do ponto de vista americano. Não tao competente quanto The Hurt Locker, mais ainda sim um grande acerto de Bigelow.

Nota, por Fabio Signori : Image

Nota, por Jim Signori : Image

The Sessions (As Sessões)

Por : Jim Signori

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Direção : Ben Lewin

Roteiro : Ben Lewin

Elenco : John Hawkes, Helen Hunt e William H. Macy

Ano : 2012

Sinopse : Mark O’Brien (John Hawkes) é um escritor e poeta que, ainda criança, contraiu poliomielite. Devido à doença ele perdeu os movimentos do corpo, com exceção da cabeça, e precisa passar boa parte do dia dentro de um aparelho apelidado de “pulmão de aço”. Mark passa os dias entre o trabalho e as visitas à igreja, onde conversa com o padre Brendan (William H. Macy), seu amigo pessoal. Sentindo-se incompleto por desconhecer o sexo, Mark passa a frequentar uma terapeuta sexual. Ela lhe indica os serviços de Cheryl Cohen Greene (Helen Hunt), uma especialista em exercícios de consciência corporal, que o inicia no sexo. (Adoro Cinema)

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Após um longo hiatus o diretor polonês Ben Lewin volta a direção. Com uma filmografia sem grandes destaques, Lewin surpreendeu positivamente a crítica com seu The Sessions, longa que conquistou dois prêmios do respeitado festival Sundance, além de inúmeros prêmios e indicações. Justo dizer que é no núcleo de atuação que reside os grandes destaques do longa. Helen Hunt, John Hawkes e William H. Macy tem atuações competentes. Apesar de Hunt liderar as premiações, entre elas sua segunda indicação da acadêmia,o núcleo principal é coeso. Mas é na evolução que mora as principais lacunas da película. Lewin falha em não trazer um roteiro tão envolvente quanto seus personagens. A sensação que fica é que os protagonistas em nenhum momento se aproximam do público como poderiam. Como consequência dessa abordagem, os atos finais do filme não causam o impacto imaginado pelo diretor. Pequenos deslizes que atrapalham mas não ofuscam essa competente produção.

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Nota, por Jim Signori : Image

Nota, por Fabio Signori :Image

Sessão Catálago – Citizen Ruth (Ruth em Questão)

Por : Jim Signori

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Direção : Alexander Payne

Roteiro : Alexander Payne e Jim Taylor

Elenco : Laura Dern, Swoosie Kurtz e Mary Kay Place

Ano : 1996

Ainda em inicio de carreira, Alexander Payne já deixava indícios de que sua carreira seria de sucesso. Aqui em Citizen Ruth, o consagrado diretor “brinca” com o fanatismo gerado pela discussão do aborto. Laura Dern, como a confusa e hilária Ruth, tem uma atuação digna de premiações. Fosse o filme realizado nesse ano, com a mídia que Payne hoje atraí, Dern colecionaria premiações. Kurtwood Smith, muito mais conhecido pelos seus trabalhos em séries, é outro que se destaca como um dos líderes do movimento antiaborto. Ruth em Questão foge do politicamente correto e mostra que para Payne as comédias podem fugir do clichê, fato que seus posteriores longas só viriam a ratificar.

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Nota : Image

Flight (O Voo)

Por : Jim Signori

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Direção : Robert Zemeckis

Roteiro : John Gatins

Elenco : Denzel Washington, Nadine Valazquez e Don Cheadle

Ano : 2012

Zemeckis parece ter dado um tempo em seus projetos de animação. Após um considerável hiatus o consagrado diretor volta as origens com Flight, drama com Denzel Washington, cujo roteiro é assinado por John Gatins. Com inúmeros prêmios e indicações, inclusive duas ao Oscar (Ator Principal e Roteiro Original), Flight se destaca desde as primeiras cenas. Denzel Washington tem aqui uma das suas melhores atuações em tempos e justifica sua sexta indicação pela academia. Zemeckis também mostra porque é um dos cineastas mais competentes do cinema moderno. Uma das qualidades dos grandes diretores é investir nos projetos certos e em O Voo, Robert acerta mais uma vez. Outro grande responsável pelo sucesso do longa é o ótimo roteiro de John Gatins. Não será surpresa se pintar como zebra na premiação do dia 24 de fevereiro. Sua obra em Flight personifica muito bem a qualidade do longa de Zemicks. Um filme extremamente bem produzido e notavelmente executado.

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Nota : Image

Safety Not Guaranteed (Sem Segurança Nenhuma)

Por : Jim Signori

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Direção : Colin Trevorrow

Roteiro : Derek Connolly

Elenco : Aubrey Plaza, Mark Duplass e Jake Johnson

Se falta de originalidade é um problema presente em grande parte das produções Hollywoodianas recentes, Safety Not Guaranteed não padece desse mal. Com uma história no mínimo curiosa, o longa agradou grande parte da crítica especializada e rendeu ao roteirista Derek Connolly o Waldo Salt Screenwriting Award do respeitado Festival de Sundance. Com um elenco talentoso e um roteiro criativo, o diretor Colin Trevorrow não tem problemas para fazer o longa funcionar. Mas como nem tudo é perfeito, Safety Not Guaranteed tem seus acidentes de percurso como a evolução do longa. Mesmo sendo teoricamente curto, 86min, a sensação que fica é que a história poderia ser contada em muito menos tempo. Talvez por isso, Connolly invista em histórias paralelas o que torne o longa por vezes cansativo. Pequenos deslizes que não tiram o saldo positivo do longa de Trevorrow. Um longa criativo que entrega muito mais do que parece oferecer.

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